quarta-feira, 5 de março de 2008

Causo do Sr.Farsante

E hoje caros leitores, busquei uma forma nova de escrever.
Meu texto vai ser versado, vou fazer ele todo enfeitado.
Pra vc caro leitor ler.

Mas como é literatura de cordel, uma historia ñ pode faltar.
E tem que ser um "causo" de bravura, ter luta e aventura.
E um vilão pra derrotar.

Então vou contar um causo, que é a mais pura verdade.
E a historia do Sr.Farsante, contada por um velho andante.
Que pulava de cidade em cidade.

A fama do Sr.Farsante, é grande la pro sertão.
E essa fama vai aumentando, conforme os mais velhos vão contando.
Para a nova geração.

Os atos do Sr.Farsante, são sempre de heroísmo e valentia.
Já bateu em assombração, pegou touro pela mão.
E fez noite virar dia.

O problema do Sr.Farsante, é quando toma suas cachaça.
O caboclo fica brigão, em qualquer um senta mão.
De gente ruim a boa praça.

Dos casos do Sr.Farsante, tem um que é muito aclamado.
Foi um cacete que ele deu, em um confusento soldado.
Acabou sobrando pra toda a policia, apanhou ate o delegado.

A policia saiu fugida, daquele pequeno lugar.
Foram atrás de reforço, de gente pra lhes ajudar.
Ali eles voltariam, pois queriam se vingar.

O Sr.Farsante virou cherif, a lei era o que ele ditava.
De matador a ladrão, ali ñ tinha perdão.
Ele matava e enterrava.

E a fama do Sr.Farsante, se espalhou pela região.
Em terra que ele vive, ñ pisa quem te má intenção.
Queriam leva-lo pra Brasília, pra acabar com a corrupção.

O povo vivia feliz, no maior dos contentamentos.
Mais essa paz foi acabar, no dia que resolveu chegar.
Ali o Capitão Nascimento.

O circo estava montado, esperando a hora do show.
Capitão Nascimento deu um grito, que toda cidade escutou.
Cadê o "fanfarrão", que a policia daqui expulsou.

Surgido ñ se sabe de onde, como que uma assombração.
Aparece o Sr.Farsante, e diz com tom mandão.
Vou mandar esse coitado, pra 7 palmos abaixo do chão.

A luta iria começar, o povo estava todo em volta.
Todo mundo queria assistir, a luta que estava por vir.
Deu ate vendedor de pipoca.

Os dois estavam se encarando, e o Sr.Farsante começou a rir.
Então falou o Capitão, tão alto como um trovão.
"Seu moleque, pede pra sair".

O Sr.Farsante ñ queria mais conversa, e partiu para o ataque.
Deu um murro no Capitão, que ele rolou pelo chão.
Fez perder ate o sotaque.

O Capitão de onde estava, lhe aplicou uma rasteira.
Golpe rápido e certeiro, vindo da capoeira.
O Sr.Farsante caiu de bunda, chegou levantar poeira.

Os dois se levantaram juntos, e começaram a trocar porrada.
Cada golpe que um recebia, ele logo revidava.
Era toma lá da cá, ninguém se destacava.

A luta estava acirrada, quem será que ia vencer?
O pensamento era comum, dali só sairia um.
Era matar ou morrer.

Mais o Sr.Farsante, acostumado a pegar touro com a mão.
Se desviou da voadora, aplicada pelo Capitão.
Pegou o "poliça" de costas, e encaixou um mata-leão.

O povo todo se anima, com aquela situação.
Gritavam "mata esse urubu manda ele pro caixão"
"Fora seu Nascimento, Sr.Farsante é campeão".

O Capitão se debatia, já estava mudando de cor.
Mais no saco do Sr.Farsante, deu um golpe fulminante.
que quase o mata de dor.

Mais uma vez se mediram, mais voltaram a se atracar.
Ninguém sabia quanto tempo, aquela briga ia durar.
Só depois de 7 dias, que luta resolveu acabar.

O capitão Nascimento, saiu da postura de luta.
Andou ate o adversário, e mostrando boa conduta.
Lhe estendeu a mão, e disse "vc venceu a disputa".

Naquele momento se teve, uma visão fascinante.
O povo gritava em coro,uma frase alucinante.
"Viva o nosso cherif, vitória do Sr.Farsante".

Mais o Sr.Farsante, em um gesto muito honrado.
Foi apertar a mão, do capitão derrotado.
"Adversário igualo sr.Nascimento, eu jamais havia encontrado".

E o Capitão Nascimento, falou pro Sr.Farsante.
Vá lá no Rio de Janeiro, pois com esse murro certeiro.
Ñ vai ter vez pra traficante.

O Capitão foi embora, com uma certeza na mente.
Naquela cidadezinha, tinha um caboclo valente.
Que cuidaria da paz, de toda aquela gente.

E já que terminou a historia, do nosso amigo Farsante.
Vou ficar por aqui, nos vemos mais a diante.
Com outro conto histórico, desse cavaleiro andante.

Se é por falta de adeus tchau, espero que tenha gostado.
100% de certeza eu ñ garanto, porque o caso me foi contado.
Eu só estou vendendo o peixe, pelo preço que ele foi comprado.





4 comentários:

Amanda disse...

(sobre o seu comentário, na verdade, é exatamente aquilo. Ela sabe que não dá certo, mas quer continuar por perto. Felizmente, ambos deram fim a essa situação e as coisas parecem enfim começar a mudar).

Essa história de fama grande.. hum, não sei, não. Soa como megalomania.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Brincando. Mas a fama é grande, sim. Ouvi falar tanto de você, mas tanto, que nem sabia quem você era.

Quer dizer que o sr. farsante gosta de uma pinga? Rumo à presidência, hein?

Meu Deus, que fissura por Cap. Nascimento...


Adorei teus versos.
Lembrou-me taaaaaaaanto Faroeste Caboclo...
rs.


Beijos no elmo do cavaleiro.

Erika disse...

literatura de cordel? isso é oq...se nada der certo viro repentista? kkk
adorei o texto..beijos


ps.: mais uma amiga q o senhor rouba de mim seu 02?

Laísa disse...

E aí, Dom Quixote dos Sertões...
Tomei mó susto quando apareceu o Cap. Nascimento no texto.
Pensei que eu ainda estivesse bêbada e tava lendo coisas.

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Mas adorei, Afro!
Ficou divertido o texto.

BJos

Barreto... disse...

veii...
simplismente espetacularrr...
eu sou um amante da literatura de cordel... moss... ficou de fuder d+++ nanazão... sem palavras viu brother...
exagerado, com bons mitos, uma história empolgante com uma pitada de bom humor...
tudo perfeito para uma literatura de cordel...

de fuder d++++ velho... de onde tu tirou essa inspiração pra essas rimas vei??? ficaram doidas d+++ vei...

paguei pau mesmo fiu...

abraços man!!